terça-feira, 26 de abril de 2011

NO CINE: “Rio – O filme” empolga, diverte e ensina

A estética do filme e a “fofura” dos personagens de “Rio – O filme” (Rio, 2011) já encantam desde o primeiro contato. Desde que vi o trailer pela primeira vez, fiquei com vontade de acompanhar as aventuras da ararinha azul pela cidade maravilhosa. E o melhor: não me decepcionei.

Com o experiente brasileiro Carlos Saldanha (“A era do gelo 2”, 2006; “A era do gelo 3”, 2009) na direção, “Rio – O filme” conta com personagens cativantes e originais, além de fofos. A trilha sonora também foi muito bem escolhida e sabe embalar perfeitamente cada cena do filme. O trabalho visual ficou ótimo. Os planos em 3D, então, estão maravilhosos e destacam ainda mais a beleza dos locais.

Blu é uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro, mas mora em Minnesota, nos Estados Unidos, com sua dona e amiga Linda. Ele não sabe voar, mas é muito esperto e culto. Blu adora ler, tomar chocolate quente e passear na loja de linda. Tudo vai bem até que um dia o ornitólogo Túlio convence Linda de que Blu é a última arara azul macho e para dar continuidade a espécie, ele precisa ir para o Rio.

Na cidade maravilhosa, Blu conhece a arara azul fêmea, Jade. De primeira, os dois não se acertam. Já que ela quer ser livre, enquanto ele gosta de morar em gaiolas. Como são as duas últimas aves de sua espécie, eles são sequestrados por contrabandistas de animais exóticos. E para escapar dessa enrascada, Blu e Jade vão contar com a ajuda de um time para lá de divertido e corajoso. 

A história de Rio é levemente simples, mas consegue atrair o público, tanto as crianças, que se encantam com cada lance da aventura, quanto os mais velhos, que não querem perder um segundo. Porém, acaba pecando com estereótipo forçados. Futebol e carnaval são as coisas mais importantes do mundo para os cariocas, além do que toda a espécie de animais está presente. O que foi aquela infestação de macacos? Mas, vamos deixar passar como licença poética.

Entretanto as mensagens que tentam ser passadas no filme acabam superando esses deslizes. A superação de Blu, que aprende a voar na última hora. O companheirismo e a amizade dos animais (as várias espécies de pássaros e até o cachorro). A importância do cuidado com os animais e o carinho existente entre os bichos e os seres humanos. Até mesmo a venda ilegal de animais é criticada. Enfim, “Rio – O filme” consegue narrar a história da arara azul de um jeito doce e divertido. É de fato, uma produção com “cara de criança” que estava faltando para os pequenos. Aproveite para se divertir!

Estrelas

terça-feira, 12 de abril de 2011

PIPOCA NO SOFÁ: O mundo imaginário do Dr. Parnassus é mais do que se espera

Eu não sei por que, mas desde que vi “O labirinto do Fauno”, filmes com capas diferentes e enredos estranhos me atraem. E foi o que aconteceu com “O mundo imaginário do Dr. Parnassus” (“The Imaginarium of Dr. Parnassus”, 2009). Assim que o DVD estava disponível na locadora online, eu tive que alugar.
 
Com várias fantasias e cenários que mais pareciam ter saído de quadros surrealistas, “O mundo imaginário do Dr. Parnassus” aborda de forma criativa temas como: sonhos, amor, inveja, cobiça, mentiras, imaginação e realidade. A direção do filme ficou a cargo de Terry Gilliam (“Brasil – O filme”, 1985), que soube usar o imaginário de cada pessoa, trabalhando muito bem as cores e ambientes.
 
Dr. Parnassus (Christopher Plummer) é um antigo monge, que tem poderes muito especiais, como a magia. Ele tem o dom de controlar a imaginação das pessoas. Comandando uma companhia de teatro itinerante, Parnassus conta com a ajuda de seu fiel assistente Percy (Verne Troyer) e do garoto Anton (Andrew Garfield).
 
Entretanto, sua imortalidade e seus poderes têm um preço bem alto. Quando jovem, ele fez um acordo com o diabo. A alma de qualquer filho que tivesse deveria ser entregue quando este completasse 16 anos. O aniversário de sua filha Valentina (Lily Cole) está se aproximando, e Parnassus luta para conseguir outra chance de consertar seu erro do passado. 
  
Em sua jornada, a companhia salva Tony (Heath Ledger/ Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrel), que estava pendurado em uma ponte, prestes a ser enforcado. E agora, além de estar no mundo real, os personagens irão figurar no espelho do mundo imaginário do Dr. Parnassus em uma corrida contra o tempo.
 
Devo admitir que a imaginação para criar toda essa história é fantástica. Mas pensei que o enredo fosse mais original. Diabo? Não poderia ser outra coisa? Mas, enfim, o visual do filme é muito legal. “O mundo imaginário do Dr. Parnassus” conseguiu me atrair e me envolver com os acontecimentos. É um filme para reflexão.
 
Estrelas

sexta-feira, 8 de abril de 2011

NO CINE: Assassino a preço fixo: ação do início ao fim

Sabe, quando você vê um trailer muito bom e fica com medo de o filme ser ruim? Com “Assassino a preço fixo” (“The Mechanic”, 2011), isso surpreendentemente não acontece. Toda ação realmente faz parte do enredo.
 
Remake do filme homônimo de 1972, “Assassino a preço fixo” conta com a direção de Simon West (“Lara Croft: Tomb Raider”, 2001) e a  atuação de  Jason Statham (da franquia Carga Explosiva). Apesar de estar cheio de clichês de filmes de ação, a produção conta com cenas de lutas bem elaboradas e cenários no mínimo interessantes.
 
Arthur Bishop (Jason Statham) é um exímio matador de aluguel, que cumpre suas tarefas com a perfeição de um artesão. Sempre com planos bem elaborados, o assassino deve seu treinamento a seu amigo e mentor Harry (Donald Sutherland). Entretanto, figuras do alto escalão encomendam a morte do velho Harry. E o que Bishop faz? Com um trabalho perfeito, ele o mata. 
 
Entretanto, Arthur Bishop parece ter coração e ao conhecer o filho de seu ex-mentor, Steve (Ben Foster), acaba o ajudando. Os dois tornam-se amigos e Bishop passa a treiná-lo. Até que Bishop descobre que a morte de seu amigo fazia parte de uma trama mal intencionada. Então, eles partem para a missão mais louca de todas: matar o chefe das operações.
 
Repleto de correria, pancadaria, explosões e mentiras, a trama de “Assassino a preço fixo” parece que foi escrita para os admiradores de ação. Não é o melhor filme do ano, apresenta seus escorregões e falhas, mas com certeza é uma ótima pedida para quem gosta de ação desenfreada. 
 
Estrelas

segunda-feira, 4 de abril de 2011

NO CINE: "Zé colmeia – O filme" agrada a garotada

Devo confessar que o trailer de “Zé Colmeia – O filme” (“Yogi Bear”, 2011) é um tanto interessante, mas não iria assistir a produção. Afinal, a maioria desses filmes acaba me decepcionando. Entretanto, acabei dando uma chance para o urso guloso e seu fiel amigo, e para a minha surpresa: acabou sendo mais do que eu esperava. Adoro quando isso acontece.

Dirigido por Eric Brevig (“Viagem ao Centro da Terra”, 2008),  “Zé Colmeia – O filme” consegue manter o mesmo ritmo do desenho animado. Com um final previsível, o filme conta com várias piadinhas e o bom e velho guarda Smith, que agora se apaixona por Raquel, uma jovem que está filmando um documentário no parque.

Encontramos Zé Colmeia e Catatau fazendo o que mais gostam: roubar cestas de piquenique dos visitantes do Parque Jellystone. Porém as condições financeiras do local estão muito ruins. E o prefeito Brown (Andrew Daly), louco por conseguir mais recursos e votos para sua eleição a governador, resolve fechar o parque e vender suas terras. Mas, é lógico que o guarda Smith (Tom Cavanagh) irá proteger Jellystone.

Para captar verbas, Smith e Rachel (Anna Faris) produzem a festa do centenário do parque. E tudo vai bem até que Zé Colmeia resolve ajudar. Sem tempo hábil para conseguir dinheiro, o guarda é remanejado e o local é fechado. Quando, Catatau e Zé veem o que está acontecendo em Jellystone vão em busca de Smith. Assim, eles começam uma luta contra a corrupção do prefeito Brown.

Recheado de lições e valores morais, “Zé Colmeia – O filme” é realmente voltado para a diversão das crianças, que irão adorar as trapalhadas do urso. O público adulto pode até não se empolgar tanto, mas deve concordar que a produção cumpre o que promete para os pequenos.

Estrelas

sexta-feira, 1 de abril de 2011

NO CINE: Esposa de Mentirinha até consegue fazer rir

De verdade, não considero filmes estrelados por Adam Sandler como exemplo, mas alguns deles podem ser no máximo legais, como “Um faz de conta que acontece”. Então, lá fui eu conferir o que “Esposa de Mentirinha” (“Just Go With It”, 2011) tinha a oferecer. Não havia nada de novo, mas devo confessar que é engraçadinho.
 
Com Dennis Dugan ("Gente grande", 2010) na direção e Jennifer Aniston no papel de “mocinha”, “Esposa de Mentirinha” consegue ser divertido e previsível. Mas dessa vez, o destaque vai para a pequena Bailee Maddison, que interpretou a filha de  Jennifer Aniston. Com seu sotaque inglês/francês, a menina arrasou. 
 
Entretanto, a parte negra do filme são suas piadas sujas. Com muitas mentiras e baixos valores, parece que a mensagem é a seguinte: “faça tudo errado enquanto puder, mas no final vai dar tudo certo”.
 
No dia de seu casamento, Danny Maccabee (Adam Sandler) descobre que sua futura esposa o traía e só estava interessada em seu status social. Desolado e bebendo em um bar, ele percebe que uma aliança de casamento e uma história triste sobre uma esposa sem coração podem render encontros sem compromisso. Então, Danny não perde a oportunidade de se dar bem. Mas,  de repente, ele conhece uma menina cheia de princípios pela qual se apaixona. Ao descobrir a aliança, Palmer (Brooklyn Decker) corta relações.
 
Para se ajustar com Palmer, Danny convence sua melhor amiga e secretária, Katherine (Jennifer Aniston), a fingir ser a esposa megera de quem está se divorciando. Mas as coisas, como sempre, não são tão simples assim, e para levar sua mentira em frente, Danny terá que ter muito jogo de cintura e uma conta bancária bem gorda.
 
No geral, “Esposa de Mentirinha” consegue agradar a quem está acostumado ao gênero comédia romântica. Apesar de apresentar falhas visíveis no roteiro, o filme consegue fazer rir, ainda que também tenha piadas de mal gosto. Enfim, serve para relaxar. Se não tiver problemas com a ética da produção, divirta-se!
 
Estrelas

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