quarta-feira, 25 de abril de 2012

PIPOCA NO SOFÁ: "Quebrando a banca" mistura ação e intelecto

Quando vi a capa de "Quebrando a banca" ("21", 2008), não imaginava que seria tão legal e inteligente. De fato, me surpreendi com a história e também com o roteiro do filme, que acabou se apresentando bem elaborado.


Inspirado na história real de alunos do MIT (Massachusetts Institute of Technology), "Quebrando a banca", além de apresentar pitadas de humor e suspense, conta com muita ação, comédia e adrenalina. Com Robert Luketic ("Legalmente Loira", 2001) na direção, o filme se apresenta sagaz e capaz de prender a atenção do espectador até o final.


Conhecemos Ben Campbell (Jim Sturgees), um jovem superdotado do MIT. Para ajudar a custear os estudos, Ben passa a integrar um grupo de gênios, que, com suas identidades falsas, planos e inteligência, cria um complicado sistema de contagem de cartas, com o qual irá quebrar a banca de vários casinos. Liderados pelo professor de matemática Micky Rosa (Kevin Spacey), os garotos vão bem até que encantado com o novo mundo, Ben esquece seus limites e acaba se metendo numa fria.


Realmente, "Quebrando a banca" acaba se mostrando bastante surpreendente. Dinâmico e empolgante, o filme desperta a curiosidade. É uma boa dica para assistir com muita pipoca (se você puder, diferente de mim). Com certeza, sem arrependimentos.


Estrelas

quarta-feira, 18 de abril de 2012

PIPOCA NO SOFÁ: “A invenção de Hugo Cabret” consegue conquistar o espectador


Demorei para assistir, mas finalmente consegui! Adaptação do livro homônimo de Brian Selznick, “A invenção de Hugo Cabret” (“Hugo”, 2012) foi o mais indicado ao Oscar em 2011, com direito a 11 indicações em diversas categorias da premiação. E agora, posso dizer: realmente mereceu.

Com a censura de 9 anos e Martin Scorsese (“O Aviador”, 2004) na direção, “A invenção de Hugo Cabret” agrada a todas as idades e gêneros, reunindo aventura, ação, drama, comédia e até ficção científica! Além de possuir um roteiro bem escrito, figurino, maquiagem, efeitos especiais, fotografia, tudo estava impecável.

Contando a história do cinema, a trama se passa em Paris nos anos 30. Logo somos apresentados ao jovem Hugo Cabret (Asa Butterfield). Órfão, o menino vive escondido em uma estação de trem onde toma conta dos relógios. Muito esperto, vive consertando engrenagens. E o maior propósito de sua vida é fazer com que o autômato (espécie de rôbo), única lembrança palpável de seu pai, volte a funcionar. 

Enquanto trabalha incansavelmente e foge do inspetor da estação (Sacha Baron Cohen), Hugo conhece Isabelle (Chloe Moretz), uma menina muito esperta que adora livros, com quem irá viver muitas aventuras. Mas outro grande problema para o rapaz parece ser o tio de Isabelle, Georges Méliès (Bem Kingsley), que também é dono de uma loja no local. Em meio a toda essa trama, os meninos irão descobrir a fascinante história do cinema.

A verossimilhança com a trajetória de George Méliès faz com que o filme pareça ainda mais real. Asa Butterfield (“O menino do pijama listrado”, 2008) também mostrou que foi a escolha certa para o papel. O garoto consegue convencer e comover o espectador como ninguém. Chloe Moretz (“Kick-Ass – Quebrando Tudo”, 2010) também esbanja  carisma. E a amizade dos dois encanta qualquer um. De fato, “A invenção de Hugo Cabret” é um filme longo, mas vale esperar por cada detalhe!

Estrelas

quarta-feira, 11 de abril de 2012

NO CINE: Guerra É Guerra! é previsível, mas faz rir


Novamente, cinema lotado, aquele cheirinho de pipoca, namorado com o balde cheio dessa delícia do meu lado, e eu? Comendo meu sanduíche natural (sim, ainda estou de dieta). Mas o ponto no qual eu quero chegar é que mesmo assim “Guerra É Guerra!” (“This Means War”, 2012) conseguiu me fazer rir mais de uma vez.

Saí do cinema com aquela sensação boa de ter liberado bastante endorfina. Estava feliz, apesar de o filme ser uma mistura de clichês, principalmente derivados de películas de espionagem e comédias tipicamente americanas. Com a direção de Joseph McGinty Nichol, mais conhecido como McG (“As panteras”, 2000), “Guerra É Guerra!” é uma mistura de cenas de ação com muitos tiros, chutes e lutas coreografadas (legais, sim, porém, surreais), comédia e romance. Descrevendo assim pode parecer muita coisa, mas não é. Com diálogos ralos, a história e o enredo são pobres. Mas a aposta de McG parece ter sido a combinação de adrenalina e endorfina, que, no final, encontrou um público, quando não satisfeito, pelo menos, contente.

A trama gira em torno de um triângulo amoroso. Tuck (Tom Hardy) e FDR (Chris Pine) são melhores amigos e, para completar, ainda trabalham na CIA como parceiros. Em meio ao dia a dia agitado de missões perigosas, eles ainda encontram tempo para mulheres. Tuck, um cara “família”, resolve procurar por um namoro sério. Já, FDR só quer curtir. Quando conhecem, no mesmo dia, mas em lugares diferentes, Lauren (Reese Witherspoon), uma mulher bonita, mas que está sempre preocupada por ter levado um pé na bunda de seu ex, por quem havia largado tudo. Os dois rapidamente se interessam pela moça. Quando os amigos descobrem que estão apaixonados pela mesma mulher, eles decidem fazer um pacto para deixá-la escolher qual seria o melhor. Enquanto isso, os dois saem com Lauren, que fica divida. É aí que começa a correria para ver quem vai conquistar seu coração.

É nesse clima que segue o filme. Parecendo moderninho (afinal, uma mulher fica ao mesmo tempo com dois homens?), no final, mostra que deve-se apelar para a moral e escolher apenas um namorado. 

Mas, enfim, cheio de ação e comédia (mesmo que seja baseada em preconceito ou machismo), “Guerra É Guerra!” pode ser uma opção para boas gargalhadas, se você não se preocupar com falhas no roteiro ou falta de novidade, já que tudo é previsível desde o começo.

Estrelas

terça-feira, 3 de abril de 2012

NO CINE: “Anjos da noite: O despertar” continua a história do segundo filme


Voltando para a linha cronológica dos dois primeiros filmes da série, “Anjos da noite: O despertar” (“Underworld: Awakening”, 2012) reencontra a sua protagonista central Selene (Kate Beckinsale), com suas vestimentas apertadas de sempre, mais uma vez, lutando para defender sua vida. Mas agora, não há só lycans (lobisomens) ou vampiros como inimigos, pois a raça humana também entrou na guerra!

Com a direção de Måns Mårlind e Björn Stein (“Identidade paranormal”, 2010), o quarto filme da série traz muita ação, aventura, cenas bem elaboradas de lutas, muito tiro e correria. Já a história, por sua vez, acaba deixando a desejar. O roteiro escrito por quatro pessoas é comprometido pelo excesso de ideias que se conectam, por vezes, de forma absurda e também por diálogos ralos, que não ajudam muito a montar o enredo. Entretanto, não entendo como, “Anjos da noite: O despertar” consegue prender cada olhar vidrado da plateia que aguarda ansiosa pelo desfecho e torce para que Selene consiga derrotar seus inimigos.

A aventura começa quando, depois de 12 anos, Selene desperta de algum tipo de coma induzido, no qual estava sendo mantida por uma equipe de cientistas que estudavam o DNA de vampiros e lycans para supostamente encontrar uma cura para estes males. A vampira encontra-se em um mundo bem diferente do qual se lembrava. Agora, os humanos também entram na briga e caçam essas espécies. Em meio a essa confusão, Selene encontra uma menina que parece frágil, a Eve (India Eisley), que na verdade é uma hibrida (vampira e lycan) e descobre que os seus caminhos têm mais em comum do que ela poderia supor. Então, começa uma luta alucinante contra os humanos e lycans superpoderosos que querem capturar a garotinha.

A fotografia do filme é trabalhada em tons escuros, mas nada que atrapalhe o bom desenvolvimento do mesmo. As lutas também foram muito bem ensaiadas e treinadas. Apesar da alta violência, os combates são o que mantêm o telespectador curioso. Ou seja, “Anjos da noite: O despertar” cumpre o que promete: ação e muita briga. Para quem gosta da franquia é um prato cheio. E tem mais: o filme ainda dá indícios de que vem por aí uma continuação.

Estrelas


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