segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PIPOCA NO SOFÁ: Código de conduta surpreende com muita ação e suspense

Aproveitando a 'guerra' aqui no Rio, nada melhor do que um filme de ação. Código de conduta (2009) traz bastante tensão em cena. Mas dessa vez, ao invés de ficarmos do lado do Estado, acabamos torcendo para o vilão, que na verdade nem é tão vilão assim.

Com a direção de F. Gary Gray (O Vingador, 2003), Código de conduta é uma crítica ao sistema e a sociedade em que vivemos. Cheio de ação, o filme surpreende e as mortes, diferente de Jogos Mortais, acontecem de forma ordenada e não assuntam quem está vendo. Há até, de certo modo, uma aprovação do público.

Clyde Shelton (Gerard Butler) testemunha o assassinato brutal de sua esposa e filha, sem poder fazer nada, uma vez que os bandidos o sedaram. Inconformado, ele busca por justiça, mas vê um dos culpados por essa barbárie ser solto graças a um acordo que fez com o promotor Nick Rice (Jamie Foxx). 

Inteligente, Clyde leva 10 anos para articular um plano que puna os culpados pelo sofrimento de sua família. Então, de repente, o assassino aparece morto. Clyde é preso como suspeito, mesmo sem provas. Apesar de estar na cadeia, ele sempre está um passo a frente de todos. E não irá descansar até honrar a morte delas e fazer cada culpado por esse sistema falho pagar. 

Com um roteiro bem articulado, Código de conduta acaba surpreendendo, pois ele é um daqueles que você não dá nada pela capa. Repleto de ação e suspense, é um filme que vale a pena.

Estrelas

terça-feira, 23 de novembro de 2010

NO CINE: Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1 impressiona

Estava muito ansiosa para ver Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1 (2010). O trailer prometia muitas coisas que estavam no livro. A atmosfera de guerra e o clima sombrio me deixaram impaciente. E até que valeu a pena.

Com a direção de David Yates (Harry Potter e o Enigma do Príncipe, 2009), a primeira parte do último capítulo foi feita pensando nos fãs dos livros. É a filmagem mais fiel, conta vários detalhes que sempre são deixados de lado nas adaptações para o cinema. Muitas vezes, só há a parte de ação nos filmes, mas dessa vez quase tudo estava lá.

Com uma fotografia espetacular, Harry Potter 7 se apresenta mais maduro e acima de tudo mais sombrio. O tempo de ser criança acabou e até mesmo Hogwarts teve que ser deixada para trás. Agora coisas mais perigosas acontecem. E sem ninguém para protegê-los, os três amigos vão ter que lutar contra “você sabe quem”.

Já no começo da aventura, Voldemort fica mais poderoso. Os comensais da morte estão a solta espalhando o terror. E Harry (Daniel Radcliffe) precisa fugir, já que ele é o escolhido, e descobrir como derrotar aquele que não deve ser nomeado. Com a queda do Ministro da Mágia, as coisas conseguem ficar ainda piores e Harry vai precisar mais do que nunca da ajuda de seus amigos, Hermione (Emma Watson) e Rony (Rupert Grint).

Essa difícil jornada também é marcada por problemas adolescentes comuns, como os ciúmes que Rony sente de Hermione e Harry. (E pela primeira vez vemos claramente, no cinema, a aproximação entre Rony e Hermione. O jeito que se olham, a constante preocupação e implicância entre os dois.) Nessa corrida contra o tempo, apesar de não saber por onde começar, Harry precisa achar e destruir as horcruxes (objetos que contém um “pedaço” de Valdemort) antes da batalha final.

No final do filme a corrida vai ficando mais intensa e emocionante. Mas agora temos que esperar por volta de um ano (se tudo der certo) para ver o desfecho de toda a aventura. Espero que seja tão boa quanto esse filme e narre os detalhes. Quem é super fã da série (literária) vai gostar muito dessa adaptação.
 
Estrelas

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

NO CINE: Um parto de viagem: uma comédia diferente

“Uma parto de viagem” (Due Date, 2010) tem cara de filme de comédia bobão, ao começar pelo nome, certo? Mas não é isso que ele apresenta. E definitivamente, apesar de garantir algumas risadas, não é um filme para assistir com a família.

Com a direção de Todd Phillips (Se Beber Não Case - The Hangover, 2009), “Um parto de viagem”  apresenta um humor diferente dos filmes de comédia americanos. Mas mesmo assim acaba entretendo o público.

Assim, conhecemos Peter Highman (Robert Downey Jr.), um cara aparentemente certinho que está tentando chegar em casa para o parto do seu primeiro filho, e  Ethan Tremblay (Zach Galifianakis), um aspirante a ator muito louco. Esses dois opostos se encontram em um voo, mas acaba havendo uma confusão e seus nomes vão parar na lista de proibidos de voar.

E agora? Como Peter vai conseguir chegar a tempo de ver seu filho nascer? Sem carteira, documentos ou dinheiro, ele acaba pegando uma carona com Ethan. Mas essa viagem vai demorar muito mais do alguns quilômetros.

O roteiro é previsível, esperamos tais tipos de confusões em uma viagem, mas algumas das cenas realmente surpreendem. Se você espera um filme cheio de risadas, típicos do cinema americano, esqueça. Caso, contrário, pode assistir.

Estrelas

domingo, 14 de novembro de 2010

PIPOCA NO SOFÁ: Os Seis Signos da Luz apresenta um novo mundo de magia

Assisti mais uma vez “Os Seis Signos da Luz” (The Seeker: The Dark is Rising), que tem a história baseada na série de livros da escritora Susan Cooper. E agora deu vontade de escrever sobre ele aqui. O filme não é novo (é de 2007), mas também segue a trilha de magia dos filmes adolescentes.

Com a direção de David L. Cunningham (To End All Wars, 2001), “Os Seis Signos da Luz” apresenta mais uma história mágica, cheia de clichês, que todos nós já sabemos como vai terminar. Mas seus personagens acabam nos cativando durante a trama. Ele também aguça a imaginação e nos leva a algumas indagações.

Ao completar seu décimo quarto aniversário, Will Stanton (Alexander Ludwig) descobre que não é um garoto normal. Ele é o sétimo filho de um sétimo filho. Isso o faz um dos Guardiões da Luz. Além de enfrentar os problemas corriqueiros de um adolescente, sofrer de paixonites e brigar com os irmãos, Will vai ter que aprender rápido a sua função.

Para poder salvar o mundo das Trevas, Will vai ter que encontrar signos mágicos, que fortalecem o poder da luz, antes que o Cavaleiro chegue ao auge do seu poder. Mas não será tão fácil assim, já que as Trevas também tentarão pegar cada signo antes que Will o encontre. 

O filme ainda traz lição de moral e apresenta valores importantes. A discussão entre o poder das trevas e a importância da família são constantes. Os efeitos especiais de “Os Seis Signos da Luz” também são bem legais. Só não espere nenhum Harry Potter. 

Estrelas

terça-feira, 9 de novembro de 2010

PIPOCA NO SOFÁ: Vestida para casar é água com açúcar que diverte

Sabe aqueles dias nos quais você está cansado e só quer pegar um filme para rir um pouco? “Vestida para casar” (27 Dresses, 2008) é um desses. Com cara de comédia romântica (cartaz, capa do DVD, atores e título), o filme cumpre o que promete. Mas não adianta esperar mais do que o gênero pode oferecer.

Com a direção de Anne Fletcher (Ela dança, eu danço, 2006), “Vestida para casar” é um clássico clichê, leve e divertido, com diálogos rápidos e sem muita complicação. Seu enredo é convencional, sem surpresas, mas agrada ao público ao qual é destinado.

Aqui conhecemos Jane (Katherine Heigl), uma madrinha de casamentos quase profissional. Ela é madrinha em várias cerimônias, está sempre no altar. Uma vez chegou a ir a dois casamentos no mesmo dia. Mas nunca chega a sua vez de ser a noiva. Romântica ao extremo, Jane tem uma paixão secreta por seu chefe, George (Edward Burns), mas qualquer plano cai por terra quando sua irmã caçula, Tess (Malin Akerman) se apaixona pelo mesmo e convida Jane para planejar o seu casamento. 

E agora? Jane começa, então, a reavaliar seu estilo de vida ao mesmo tempo em que seus sentimentos entram em conflito. Em meio a essa confusão, ela conhece um repórter, Kevin ('James Marsden'), que irá dificultar ainda mais as coisas.

Com um final previsível, “Vestida para casar” também traz alguma reflexão sobre valores. É com certeza um filme alegre, mas recomendo apenas para quem gosta de comédias românticas cheia de água com açúcar.

Estrelas



quinta-feira, 4 de novembro de 2010

PIPOCA NO SOFÁ (Clássicos): A Doce Vida traz reflexão

Conhecida como grande obra-prima de Federico Fellini, “A Doce Vida” (La dolce vita, 1960) ganhou vários prêmios, entre eles a Palma de Ouro em Cannes, em 1960, e o Oscar de melhor figurino em preto e branco, em 1962.

Citado como marco da transição dos estilos de Federico Fellini, do neo-realismo para simbolismo, “A Doce Vida” retrata, através de episódios independentes, a decadência e a hipocrisia da sociedade burguesa italiana.

Em Roma, encontramos Marcello Rubini (Marcello Mastroianni), um repórter que faz sua carreira de matérias sensacionalistas sobre personalidades. Sem compromisso e mulherengo, Marcello tinha várias amantes. Mas ao encontrar uma das estrelas de cinema que passou a cobrir, ele ficou fascinado. A atriz de Hollywood, Sylvia Rank (Anita Ekberg), acabou se tornando um marco em sua história.

Durante a trama, Marcello também descobre que as aparências enganam. Às vezes o que parece bom, não é tão maravilhoso assim. E ele acaba não escolhendo um rumo definitivo na vida e se deixa embalar pela decadência da sua sociedade. 

Um filme longo, no qual as cenas são meticulosamente elaboradas, “A Doce Vida” trabalha uma reflexão sobre pseudo-valores e aparências. Além de um clássico, o drama leva o expectador a alguns questionamentos. Ou seja, foi feito para se refletir cada detalhe.

Estrelas

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