quinta-feira, 29 de setembro de 2011

NO CINE: Confiar traz tema importante sob nova ótica


Primeiramente, devo pedir desculpas pelo atraso do post. Essa semana foi muito corrida. Provas na faculdade, trabalhos e escrever a monografia... Assim, tempo zero, né? Mas na primeira chance que tive, vim aqui escrever sobre mais um filme. Dessa vez, fui assistir o novo suspense de David Schwimmer, o Ross de “Friends”, (“Maratona do amor,” 2007, também dirigiu alguns episódios de “Friends” entre 1999-2004). “Confiar” (“Trust”, 2011) é um típico suspense americano, mas que em nada deve ser desmerecido por isso.

Com uma fotografia simples, porém bela, o filme tece ao mesmo tempo uma crítica à sociedade atual e um alerta, que serve tanto para pais quanto para filhos. Sem mostrar cenas muito chocantes, a produção consegue manter o público envolvido do começo ao fim. O destaque vai para a jovem Liana Liberato, que consegue passar emoções fortes e contraditórias, na pele da adolescente ingênua.

Annie (Liana Liberato) é uma adolescente normal, que enfrenta questionamentos e problemas típicos da idade. Colegial, garotas populares, medo de ser feia. Mas ao mesmo tempo parece fazer parte de uma família estruturada e ter um bom relacionamento com seus pais e irmãos. Em seu aniversário de 14 anos, seu pai, Will (Clive Owen), a presenteia com um MacBook Pro. Achando que a filha saberia usar a internet, seus pais a deixam um tanto livre. Eles sabem que ela conversa com um “Charlie” de 16 anos, mas nada muito profundo. Só que na verdade, a menina mantém um relacionamento de amizade com esse desconhecido, que aos poucos releva ser mais do que um menino.

Até que um dia, após muito chat, sms e ligações, eles marcam um encontro. E o que mais poderia acontecer? Annie, inocente, é seduzida mais uma vez pela teia de mentiras psicológicas do suposto Charlie, que parece saber exatamente tudo o que a garota precisa ouvir. A partir daí, a vida dessa família nunca mais será a mesma. Abusada, a adolescente fica confusa, sua mãe, Lynn (Catherine Keener), quer ajudar, mas não sabe muito bem o que fazer, enquanto Will só pensa em matar o cara que estuprou a sua filha. Em meio a toda a confusão, ainda aparece o FBI para caçar o pedófilo.

Confiar” levanta a bandeira da importância da relação familiar e do convívio com as crianças. A história procura trazer uma reflexão aos mais velhos e também aos mais novos, que são os mais atingidos pelo problema. A história se apresenta de uma forma interessante e atual, sem deixar também de ser informativa. Este não é um filme para entretenimento e, sim, para a reflexão. Ao que se propõe é muito bom. Vale a pena, deixe os preconceitos em casa.

(Spoiller - Raiva do final, mas é exatamente assim que acontece na vida real)

Estrelas

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PIPOCA NO SOFÁ: Monstros S/A diverte e encanta

Antes de ir para a crítica de hoje, gostaria de comentar sobre o novo layout do blog. E aí? Vocês gostaram?


“Gatinho.” “Mike Wzowski.” Umas das minhas frases de filmes infantis preferidas até “Unicórnios são fofinhos”. A Boo é tão fofa. Quem não assistiu e se encantou com a animação Monstros S/A (Monsters Inc., 2001)? Até hoje gosto de revê-la. Em um momento de descanso, liguei o DVD e coloquei um CD para lá de gasto.
 
Com a direção de Peter Docter (Up – altas aventuras, 2009) e David Silverman (Os Simpsons – O filme, 2007), Monstros S/A até que traz um bom gráfico para o ano de sua criação, mas o que encanta mesmo é a construção dos personagens. Apesar de caricatos, eles conseguem ser fofos e divertidos. Quem não queria ter um  James P. Sullivan de pelúcia? Até mesmo o feio e malvado Randall Boggs é engraçado.
 
A trama se passa em um fábrica de energia diferente. No mundo dos monstros, os gritos assustados das crianças humanas é o que garante a energia elétrica. Para isso, os “assustadores” tem que trabalhar incansavelmente para aterrorizar a garotada, mas há um problema: os pequenos não têm mais medo como antigamente, isso pode levar a uma deficiência no abastecimento.
 
Mesmo assim, a vida segue. Até que James P. Sullivan, ou  Sully, como é chamado pelos amigos, encontra uma garotinha nas dependências da fábrica, pois alguém esqueceu sua porta aberta. Esse não seria um grande problema, certo? Mas os monstros acreditam que as crianças humanas são tóxicas! E agora? O que fazer? Além de se esconder do CDA (Child Detection Agency), Sully e seu inseparável companheiro, Mike Wzowski, precisarão enfrentar o malvado Randall Boggs para devolver a Boo com segurança para a sua casa.
 
Com muito humor, Monstros S/A consegue ser divertido, fofo e encantador. O filme mostra como a amizade é importante e que até o mais assustador e fortão dos “monstros” pode ter um belo coração. Com certeza, peque a pipoca e se divirta!
 
Estrelas

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

NO CINE: Deu a louca na chapeuzinho 2 não é tão mal assim

“Deu a louca na chapeuzinho 2” (“Hoodwinked Too! Hood VS. Evil”, 2011) não é tão ruim quanto a crítica está pintando. Devo admitir, não é uma obra prima, não encanta, não ficará para os clássicos, mas também não é este fracasso total, faz rir, sim, e pode ser um bom passatempo para quem não quer pensar e só está a fim de relaxar.

A primeira dica é: não vá esperando muito do filme e aproveite para descansar. (Foi o que eu fiz) Concebido para ser um “Blockbuster” infantil, a história é clichê e se apoia em piadinhas bobas, frases de efeito e referências a outros filmes. Completamente óbvia (como a maioria dos filmes infantis), a narrativa não traz novidades, mas, para as crianças, apresenta ação e comédia. Com Mike Disa (“O inferno de Dante: uma animação épica”, 2010) na direção, a animação também não é lá essas coisas.

Diferente do primeiro filme, agora a história gira em torno da agência Felizes para Sempre, onde trabalham Chapeuzinho Vermelho, Vovozinha, Lobo Mau e o esquilo. Enquanto Chapeuzinho está em uma missão de treinamento com as irmãs do Capuz, o Lobo e a Vovozinha protegem os finais felizes. Quando, de repente, uma bruxa sequestra João e Maria e ameaça comê-los no jantar. Durante a missão de salvamento, Vovozinha é capturada. Para colocar tudo de volta em seu lugar, Chapeuzinho e o Lobo irão precisar fazer as pazes e se unir nessa luta.

Para quem não esperava coisa alguma, “Deu a louca na chapeuzinho 2” até que rendeu algumas risadas. Desenvolvido especialmente para as crianças, o filme não traz nada de original, mas consegue fazer com que o espectador saia da sala de cinema com bom humor, mesmo que dure pouco.

Estrelas

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

NO CINE: Lanterna verde também não inova

Devo confessar que gosto de filmes de ação e de coisas de super-heróis, por isso não poderia deixar de conferir “Lanterna verde” (“Green Lantern”, 2011), apesar de não acompanhá-lo nos quadrinhos. E sem muitas expectativas, lá fui eu. (Que bom!)

Com Martin Campbell (“O fim da escuridão”, 2010) na direção, “Lanterna verde” apresenta um roteiro pobre e muitas vezes desconexo. Mas não chega a ser totalmente ruim, algumas cenas são boas e de algum modo, mesmo que lá no fundo, consegue entreter. Os cenários, grandiosos e cheios de detalhes, conseguiram me impressionar. Entretanto, o 3D não ficou muito bom devido ao alto contraste ou à escuridão.

Depois de percorrer rapidamente a história da Tropa dos Lanternas verdes, força que mantém o universo protegido, e vislumbrar seu novo inimigo, Parallax, entidade que usa a energia do medo contra seus oponentes; finalmente conhecemos Hal Jordan (Ryan Reynolds). Humano, irresponsável e audacioso, Jordan é um piloto de aviões que é avesso a obrigações. Mas de repente, quando o alienígena Abin Sur (Temuera Morrison) cai na Terra e precisa nomear um substituto antes de sua morte, o anel o elege. Com esses poderes, Hal crescerá como homem e precisará testar toda a sua coragem em uma missão que decretará o destino do seu planeta e de todas as galáxias.

Sim, preciso confirmar que toda essa história é clichê. (Mas hoje, o que não é? Já está até ficando “clichê” chamar um filme assim.) Porém, antes fosse este o maior problema de “Lanterna verde”. A narrativa é muito cheia de detalhes e acontece devagar demais, enquanto o ápice parece correr em excesso. Quem não gosta de filmes do gênero, é melhor escolher outra coisa no cinema. Quem ama ficção de super-heróis, não vá tão empolgado.

Estrelas


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