Sinceramente? Acho que vou parar de ver trailers. Mais uma vez, lá fui eu cheia de expectativa ver um filme. Agora, foi “A casa dos sonhos” (“Dream House”, 2011). Não estou dizendo que é tão ruim assim, mas promete muito mais do que cumpre. A cada instante, esperei a reviravolta ou a cena de impacto que não aconteceu até depois de passarem os créditos finais.
O thriller psicológico, dirigido por Jim Sheridan (“Entre irmãos”, 2009), funciona como um suspense mediano. Com inicio promissor, o meio do filme acaba por se apresentar cansativo e cria expectativas que não levam a lugar algum. O roteiro parece se perder e esquecer de voltar para o mesmo ritmo do começo da trama. O desfecho até que pode ser considerado interessante, entretanto é totalmente previsível. Porém, uma certa curiosidade, me fez assisti-lo até o fim.
Logo, o expectador é apresentado a Will Atenton (Daniel Craig), um bem sucedido editor, que resolve abandonar o emprego para se dedicar mais a sua família. Nesse período, também pretende escrever um livro. Na casa nova, realmente parece que Wiil, sua esposa Libby (Rachel Weisz) e suas filhas, Trish (Taylor Geare) e Dee Dee (Claire Geare), serão muito felizes. Mas, de repente fenômenos estranhos começam a acontecer. É quando o ex-editor descobre que este foi o local de um homicídio, no qual o pai matou a mulher e suas duas filhas. Então, começa a sua luta para desvendar todo esse mistério. (Qualquer coisa que fale a mais, será spoiller e não haverá motivo para conferir a obra.)
A dicotomia entre a realidade e a imaginação não é muito diferente de outros filmes, como Janela Secreta (2004, David Koepp). Entretanto, alguns pontos merecem destaque. Daniel Craig consegue interpretar de forma convincente dois papéis, o pai carinhoso e preocupado e o homem transtornado. E as atrizes mirins, Taylor Geare e Claire Geare, desempenham muito bem suas personagens. Com uma fotografia ótima, “A casa dos sonhos” pode até servir como passa tempo, mas não assista desavisado, porque não há nada demais. E também não espere muito desse suspense.
Estrelas