quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

NO CINE: Um homem misterioso traz suspense leve

(E vamos para o último post do ano! Espero de o ano de 2011 traga muitas realizações para todos vocês!) 


Realmente a tradução do título dessa vez foi tão coerente quanto o nome original. Um homem misterioso (“The American”, 2010) realmente parece um enigma, nem mesmo no final do filme conseguimos esclarecer quem de fato é Jack (George Clooney).

Inspirado no romance “A Very Private Gentleman”, de Martin Booth, o filme apresenta Anton Corbijn (Control, 2007) na direção. Com uma bela fotografia, Um homem misterioso abusa de cenas com muitas imagens e poucos diálogos, sem perder a qualidade do que se propõe a passar.

Jack é muito bom no que faz. Seja em criar armas de fogo, atirar ou fugir dos inimigos. E inimigos é uma coisa que tem de sobra, assim, ele é obrigado a sempre estar sozinho e viver se escondendo. Em uma de suas encomendas na cidade de Castelvecchio, Jack conhece uma prostituta com quem acaba se envolvendo. Assim, aparece a vontade de mudar de vida, mas depois de estar comprometido até o último fio de cabelo em uma trama perigosa vai ser muito difícil se livrar de seu passado.

Com a narrativa lenta e breves diálogos, Um homem misterioso apresenta cenas típicas de suspense,  sempre com alguma ação. É um filme recomendado para quem gosta do gênero. Se preferir ação, nem chegue perto. Para os demais, enjoy.

Estrelas

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

NO CINE: A rede social mostra o fiasco offline da vida de seu criador

Assim como muita gente, logo que vi o trailer do filme “A rede social” (The Social Network, 2010) achei que seria o máximo, pois iria contar a história da criação de um dos meios de interação que uso na internet, o Facebook, mas por esperar tanto acabei me decepcionando. Não estou falando que o seja ruim, só não atingiu as minhas expectativas, mas talvez tenha feito jus a de outras pessoas.

Com a direção de David Fincher (Seven – Os sete crimes capitais, 1995), a história de A rede social traduz com perfeição a problemática da sociedade capitalista, a tensão entre o poder, dinheiro, amizade e a nova forma de relacionamento online. Com a mensagem de que ideias brilhantes podem acontecer através de grandes decepções, o filme acaba não passando nenhum outro valor, muito pelo contrário.

Então, encontramos Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) em uma longa conversa com uma menina que termina o relacionamento que tinham. Mark fica com muita raiva e sai correndo para escrever em seu blog o quanto ele acredita que essa garota seja ridícula. E logo, para se vingar das mulheres,  cria uma votação para escolher a menina mais bonita. Assim, acaba surgindo a ideia de inventar uma rede que conecte pessoas e aos poucos, em meio a traições, mentiras, e desgostos, vai nascendo o Facebook.

Para quem não está acostumado aos documentários e prefere ação, A rede social é um filme longo e cansativo, pois apresenta excesso de diálogos, com frases longas e dicção rápida. Mas se quiser conhecer um pouco mais sobre a história do Facebook, se prepare para encontrar um mundo nada bonito atrás das máquinas que o controlam.  Afinal, você não faz 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos. Sabe, até fiquei com vontade de abandonar a rede social depois de assistir o filme.

Estrelas

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

PIPOCA NO SOFÁ: Viagem ao centro da Terra apresenta mundo fantástico

A capa de Viagem ao centro da Terra (2008) já chama bastante atenção. E se você souber que este filme é baseado no livro homônimo de Júlio Verne? É claro que vai despertar mais curiosidade ainda, pois quem não imaginou as mil e uma coisas descritas no livro?

Ideal para quem quer deixar a imaginação fluir e esquecer de alguns links com o real,  Viagem ao centro da Terra é uma aventura divertida. Com a direção de Eric Brevig (Zé Colmeia - O Filme, 2010), o filme traz uma ótima fotografia e efeitos especiais bem trabalhados.

Com apenas um livro para guiá-lo por um mundo desconhecido e, apesar de bonito, assombroso, Trevor Anderson (Brendan Fraser), um cientista, embarca em uma aventura fantástica junto com seu sobrinho Sean (Josh Hutcherson) e a guia Hannah (Anita Briem). Em uma expedição na Islândia, Trevor procura refazer os passos de seu irmão Max (Jean Michel Paré) e descobrir o que aconteceu com ele e onde foi parar, mas acaba encontrando um mundo extraordinário, porém perigoso, em um caminho que o levará até o centro da Terra.

Com cenários virtuais lindos, Viagem ao centro da terra nos apresenta um mundo de aventuras desconhecidas de tirar o fôlego e nos leva a conhecer pássaros fluorecentes, piranhas voadoras, serpentes marinhas e até um dinossauro. Com certeza, é uma viagem que se deve estar disposto a fazer. Se não gostar de ficção fique longe. Caso contrário, enjoy.

Estrelas

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PIPOCA NO SOFÁ: Caso 39 não assusta, mas prende atenção

Assim que vi o trailer de Caso 39 (2009), quis assistir. Parecia muito interessante, mas acabei não indo ao cinema e esperei chegar às locadoras. E feliz, fui ver o filme que tanto esperei, crendo que levaria pelo menos uns sustos. Mas tive uma surpresa não tão legal dessa vez.
 
Usando a velha história da menina com carinha de anjo, que na verdade, é o mal encarnado, Caso 39 conta com a direção de Christian Alvart (Pandorum, 2009). É basicamente um filme de suspense com um pouco de ação, mas não chega nem perto de ser terror. Apesar de algumas aparições do nada e de um bicho bem feito, não me convenceu ao ponto de me assustar.
 
Uma devotada assistente social, Emily Jenkins (Renee Zellweger), pega mais um caso, além dos 38 que estão a deixando maluca. E assim, ela conhece uma garotinha, Lilith (Jodelle Ferland), que aparentemente está sofrendo abusos de seus pais. Além de salvar a menina e condenar seus pais, Emily acaba ficando com sua guarda enquanto não encontram um lar definitivo. 
 
Mas de repente, a vida de Emily começa a virar de cabeça para baixo. Pessoas começam a morrer abruptamente e incidentes misteriosos a perseguem por todo lado. E ela finalmente percebe que aquele ser de rostinho angelical e aparência frágil não é tão inocente quanto parece. E para se salvar  vai precisar correr contra o tempo e tentar ser mais esperta do que Lilith, que está sempre dois passos a frente de suas ações.
 
Apesar de as cenas de efeitos especiais serem muito boas e impressionante nos detalhes, não consegui me assustar com a história que acabou sendo muito surreal. Se a menina matasse as pessoas com as próprias mãos, acho que me assustaria mais. Caso 39 acaba também esquecendo de se explicar, esperei o filme todo achando que uma hora iria acontecer algo. Parece que falta alguma coisa. Mas para quem gosta de suspense, realmente me prendeu para saber o que iria acontecer depois, mas sem chance de reprise.
 
Estrelas

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

NO CINE: Skyline – a invasão apresenta Ets superdesenvolvidos, feiosos e nojentos

Sinceramente, até agora estou me perguntando por que todo alienígena tem que ser super feio, extremamente mal e muito, mas muito, nojento? Sem contar que são praticamente imortais e adoram comer as pessoas. É esse tipo de E.T. que vamos encontrar em Skyline – a invasão.

Sob a direção dos irmãos Strause (Alien vs. Predador 2, 2007), Skyline faz alusões a vários filmes do mesmo gênero, com alienígenas muito feios, que vêm a Terra, atraem os humanos com suas luzes e não são páreos para o exercito nem para bombas nucleares. Seria quase um filme de terror, certo? Se não fosse tão surreal a ponto da plateia não se identificar.

Uma luz azul estranha, porém bela de acordo com a opinião dos personagens, acorda um grupo de amigos durante a madrugada e passa a sugar as pessoas para dentro de espaçonaves gigantescas. De repente, os protagonistas se deparam com o que parece ser o fim do mundo, pois os seres estranhos abduzem todos que encontram pela frente, sem nenhuma explicação. Então, é o famoso “salve-se quem puder”, já que nem uma bomba é capaz de acabar com esses E.Ts superdesenvolvidos que estão roubando os cérebros da população mundial. 

Qualquer coincidência com outras histórias é mera imaginação. Os efeitos especiais e o jogo de luzes até são legais, mas acabam cansando. As cenas de ação, apesar de previsíveis, tem algumas sequências eletrizantes. Mas falta explicações para entender a trama: o que esses alienígenas querem? Eles vieram só roubar o cérebro das pessoas? Como eles sobreviveram sem isso até aquele dia? Há outras galáxias onde eles roubaram esse tipo de material? Por que só os humanos servem, já que nenhum outro animal foi abduzido?

E se prepare, porque o final promete uma continuação. Mas será que vão ter coragem de fazê-la? Só assista Skyline, se realmente gostar de ficção científica recheada de alienígena super estranhos e malvados.

Estrelas

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

NO CINE: Megamente apresenta vilão diferente

Megamente (2010) teve uma divulgação tão forte (em sites, busdoors, outdoors etc.) que me chamou bastante atenção e resolvi conferir a animação da Dreamworks em 3D. O trailer, porém, mostrava apenas mais um jogo de poder entre mocinho e vilão, mas a história do filme se revelou mais do que isso.

Com a direção de Tom McGrath (Madagascar 1 e 2), Megamente apresenta recursos gráficos bem legais, apesar de o 3D ser para dentro da tela. (Sabe, às vezes é legal que alguma coisa pule na sua cara em um filme desses. Pelo menos é a expectativa das crianças.)

Logo no começo do filme, já percebemos a rivalidade entre o pequeno cabeçudo azul e o bebê de topete. Ambos são enviados a Terra em suas capsulas, quando seus respectivos planetas são destruídos. Mas aqui, cada um encontra um destino diferente. Megamente acaba indo parar em uma penitenciária e aprendendo que o certo é ser mal, enquanto Megaman desfruta de toda a mordomia em uma casa luxuosa.

Na escola os garotos voltam a se encontrar. E as tentativas de Megamente ser legal são sempre frustadas por Megaman. E então nosso vilão (de coração bem molenga) chega a conclusão que não há alternativa para ele: é preciso ser mal. Assim, os dois travam inúmeras batalhas até que finalmente Megamente destrói o herói de Megacity. Mas e agora? Como será seu futuro tedioso já que não tem com quem lutar?

Na narrativa, vemos a construção e desconstrução de um vilão que não tinha opção. A animação suscita uma reflexão sobre nossa sociedade e a formação de pessoas boas e más dentro desta. É um exemplo de que somos nós que escolhemos nossos destinos. E assim, acabamos todos convencidos a torcer pelo Megamente, o vilão, que na verdade é mais bonzinho do que o próprio herói do filme.

Estrelas

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PIPOCA NO SOFÁ: Gamer traz ameaça futurista

E hoje o eleito foi um filme de ação: Gamer (2009). A crítica parece não ter gostado muito dele, mas como sempre, dei uma chance, afinal, algumas vezes nossas opiniões podem ser diferentes, certo?
 
Com uma dupla na direção, Mark Neveldine e Brian Taylor (Adrenalina, 2006), Gamer  traz ação e adrenalina do começo ao fim. Diferente, do que o nome sugere, o filme não trata apenas de jogos, mas tenta fazer uma alusão sobre o controle da mídia, embora acabe perdendo o enfoque no meio e volte-se para as cenas de combate.
 
A história se passa em um futuro próximo. E a maior forma de entretenimento é jogar videogames online, onde é possível controlar a ação de outras pessoas, como se fossem avatares. Um desses  é Slayers, uma versão desses jogos de guerra urbana que temos hoje em dia, mas os personagens são presos condenados à morte, que são controlados por garotos. E isso tudo passa na TV e acaba sendo a diversão de muita gente, as quais estão sempre conectadas.
 
Assim, Gamer passa uma atmosfera de ação frenética, na qual mais do que uma brincadeira, esse controle pode acabar em morte real. Com um bom jogo de imagens e cenas legais, é indicado para quem gosta de acompanhar cada passo agitado. Se preferir, um filme de ação com mais história e menos violência, prefira o estilo Busca Implacável
 
Estrelas

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

PIPOCA NO SOFÁ: REC é pura adrenalina

Não bastam os sustos que estamos levando ultimamente aqui no Rio e eu vou ver de novo mais um filme de terror. REC (2007) é um filme pelo qual você não dá muito pela capa, mas depois de assistir se surpreende bastante.

Com a direção de Jaume Balagueró (Terror em Mercy Falls, 2005) e Paco Plaza (Segundo nome, 2002), REC é cheio de ação, adrenalina e suspense. Gravado em primeira pessoa e com a câmera parecendo estar na mão, o clima claustrofóbico e de medo toma conta de tudo e faz com que o espectador não tire os olhos da tela.

Para registrar como é a rotina dos bombeiros durante a noite, uma equipe de repórteres de televisão acompanha o trabalho de uma patrulha.  A primeira missão parece simples: resgatar uma senhora idosa que se encontra trancada em seu apartamento. Mas ao chegar ao local, eles logo percebem que algo muito estranho está acontecendo. E o que parecia ser somente um resgate, acaba se tornando um inferno. Presos no prédio, os bombeiros e a equipe de filmagens precisaram enfrentar algo totalmente desconhecido e assombroso. 

REC traz um clima de tensão, que contagia todo o filme. Eletrizante, é super indicado para quem gosta de terror. Cuidado para não se assustar e divirta-se. Se não for fã, fique longe. 

Estrelas
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