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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

NO CINE: Assalto ao Banco Central poderia ser melhor

Após muito tempo de anúncios, “Assalto ao Banco Central” (2011) finalmente é exibido nas telonas. E eu não poderia deixar de conferir mais um filme brasileiro de ação, gênero que o cinema nacional  progrediu bastante nos últimos tempos (para provar isto, temos os dois “Tropa de Elite”). Entretanto, dessa vez, o resultado não foi tão bom assim, apesar de também não ser o pior do ano.

Baseado em fatos reais, “Assalto ao Banco Central” desperta a curiosidade do expectador, que procura saber de fato qual seria a realidade por trás do grande roubo realizado em 2005. O recurso de mesclar as imagens do interrogatório dos assaltantes e da elaboração do crime merece destaque. Apesar de impedir qualquer tipo de imprevisibilidade, esta técnica deixou as cenas mais dinâmicas e, de certo modo, a história correu bem.

Outro ponto primordial para elevar o padrão dos filmes nacionais foi deixado totalmente de lado, mostrando cenas de sexo fortes e desnecessárias. (Só uma dica: se quiséssemos ver algo assim, seria melhor ficar em casa e alugar um pornô, ? #peloamordedeus)

Em uma ação bem planejada e desenvolvida, o Barão (Milhem Cortaz) reuniu os “melhores” homens do Brasil para um grande assalto que levaria 164,7 milhões de reais do Banco Central de Fortaleza, Ceará. Após três meses de operação, a quadrilha construiu um túnel 84 metros que ligava uma casa do subúrbio ao cofre do banco. Os bandidos roubaram três toneladas de dinheiro sem disparar um único alarme ou dar um tiro.

Abordando também preconceito sexual (homossexual), aposentadoria, corrupção da polícia e exploração da fé, o filme conta com diálogos ralos e corridos, que infelizmente apresentam os personagens com pouca profundidade. Com a direção de Marcos Paulo (conhecido por seu longo trabalho como diretor de novelas globais), “Assalto ao Banco Central” também passa rápido demais e me deixou com a sensação de que estava faltando algo. Mas, para quem está curioso, pegue a pipoca e boa seção.
 
Estrelas

terça-feira, 9 de agosto de 2011

NO CINE: Cilada.com até consegue fazer rir, mas não convence


Que comédias românticas hollywoodianas são feitas somente para fazer rir e nada mais, nós já sabíamos. E agora, os filmes brasileiros tentam ir pelo mesmo caminho, com a grande diferença que não fazem isso tão bem (para não dizer mal). Este é o retrato do novato “Cilada.com” (2011), que até apresentou um trailer um tanto quanto promissor, mas acabou errando na medida exagerada das “piadinhas”.
 
Com a direção de José Alvarenga Jr. (“Os Normais 2 - A Noite Mais Maluca de Todas”, 2009), o filme apresenta um roteiro fraco, que na maioria das vezes despreza a história e a linha de raciocínio  apenas para encaixar uma ou outra coisa que faça o público rir. Devo admitir, funciona, afinal pessoas riram bastante. Mas todo esse sacrifício não vale a pena.
 
Durante uma festa de casamento, Bruno (Bruno Mazzeo, original, não?) é flagrado por todos enquanto está “dando mais do que um amasso” em uma mulher. Até aí constrangedor, não? Não tanto até sabermos que ele é um cara comprometido. Mas é lógico que levou um grande pé na bunda de sua então namorada Fernanda (Fernanda Paes Leme, mais original impossível). Para se vingar, a garota publica no YouTube um vídeo no qual os dois estão transando e ele tem uma ejaculação precoce.
 
Pronto, a vida do publicitário vira de cabeça para baixo quando se vê como “celebridade” de internet. Mas ele não gosta nem um pouquinho da fama e para se livrar desta, tenta fazer um vídeo que prove toda a sua masculinidade e todas essas coisas de ego ferido. Ao mesmo tempo que corre atrás de sua ex, Bruno começa uma busca louca por uma mulher que consiga “ajudá-lo” a provar para o mundo que ele não é tão “rapidinho” assim.
 
Com todos seus esteriótipos e deboche, “Cilada.com” consegue ser engraçadinho. Mas suas piadas preconceituosas não levam a lugar algum. Sem contar o final feliz (feliz para quem?) ridículo que tentou esboçar. Sinceramente, o filme mostrou um homem idiota que só procura suprir seu grande ego e uma mulher boba que não se valoriza. Os dois minutos de mudança do Bruno não me convenceram. (Esse é o retrato da sociedade brasileira? Fiquei na dúvida.) Mas o pior de tudo é que as pessoas realmente acham graça disso. E se acontecesse com elas?
 
Estrelas

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

NO CINE: Desenrola acerta no enredo e garante diversão

Criativo, jovem, divertido são adjetivos que definem bem o mais novo filme de Rosane Svartman (“Mais uma vez amor”, 2005). “Desenrola” (2011) chegou com tudo nos cinemas e não foi só a garotada que foi correndo conferir. Cheio de situações que remetem a adolescência, o filme promete agradar tanto aos mais jovens, que irão se identificar com algum personagem, quanto aos mais velhos, que irão lembrar de sua juventude.

O uso da pesquisa online, que a direção de “Desenrola” fez, foi sensacional. Uma vez, que o filme abordou temas que estão presentes no mundo do jovem o tempo todo. Amigos, irmãos, gravidez na adolescência, homossexualidades, pais separados, primeiro amor, primeira vez, com toda a certeza, ocupam a cabeça dessa galera.

“Desenrola” também me surpreendeu pelo elenco, que parecia bem maduro e confortável em seus papéis, apesar de os atores principais não serem famosos. A trilha sonora, quase toda com base nos anos 80, também é bem interessante (e nem preciso falar que curti demais).

Nesse universo, conhecemos Priscila (Olívia Torres), uma menina de 16 anos que está no primeiro ano do Ensino Médio. E como todos que estão nessa fase, ela tem suas dúvidas, angústias, paixões e descobertas para viver. Mas, quando sua mãe viaja a trabalho por 20 dias, Priscila vai procurar aproveitar cada segundo do melhor jeito que puder. Apaixonada por um surfista muito galinha (Kayky Brito), a menina finalmente vai ter sua chance com o gato. Entretanto, vai acabar vendo que a vida não é um conto de fadas, porém é aí que ela vai aprender, mesmo indo por caminhos tortos, o que é se apaixonar e se decepcionar. Enfim, tudo vai desenrolar.

Falando a linguagem de seu público-alvo, “Desenrola” conta com muitas cenas engraçadas e momentos bem divertidos. Criativo, o filme conseguiu prender os espectadores até o final dos créditos usando uma técnica bem bacana, como se estivéssemos assistindo pela tela de computador. Descontraído, com certeza, vai agradar a todos, então pegue sua pipoca e aproveite a sessão.

Estrelas
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