Primeiramente,
devo pedir desculpas pelo atraso do post. Essa semana foi
muito corrida. Provas na faculdade, trabalhos e escrever a
monografia... Assim, tempo zero, né? Mas na primeira chance que
tive, vim aqui escrever sobre mais um filme. Dessa vez, fui assistir
o novo suspense de David
Schwimmer, o Ross de “Friends”,
(“Maratona do amor,” 2007, também dirigiu alguns episódios de
“Friends” entre
1999-2004). “Confiar” (“Trust”, 2011) é um típico suspense
americano, mas que em nada deve ser desmerecido por isso.
Com
uma fotografia simples, porém bela, o filme tece ao mesmo tempo uma
crítica à sociedade atual e um alerta, que serve tanto para
pais quanto para filhos. Sem mostrar cenas muito chocantes,
a produção consegue manter o público envolvido do começo ao fim.
O destaque vai para a jovem Liana
Liberato, que consegue passar emoções fortes e contraditórias, na
pele da adolescente ingênua.
Annie
(Liana Liberato) é uma adolescente normal, que enfrenta
questionamentos e problemas típicos da idade. Colegial, garotas
populares, medo de ser feia. Mas ao mesmo tempo parece fazer parte de
uma família estruturada e ter um bom relacionamento com seus pais e
irmãos. Em seu aniversário de 14 anos, seu pai, Will (Clive Owen),
a presenteia com um MacBook Pro. Achando que a filha saberia usar a
internet, seus pais a deixam um tanto livre. Eles sabem que
ela conversa com um “Charlie” de 16 anos, mas nada muito
profundo. Só que na verdade, a menina mantém um relacionamento de
amizade com esse desconhecido, que aos poucos
releva ser mais do que um menino.
Até
que um dia, após
muito chat,
sms e ligações,
eles marcam um encontro. E o que mais poderia acontecer? Annie,
inocente, é seduzida mais uma vez pela teia de mentiras psicológicas
do suposto Charlie, que parece saber exatamente tudo o que a garota
precisa ouvir. A partir daí, a vida dessa família nunca mais será
a mesma. Abusada, a adolescente fica confusa, sua mãe, Lynn
(Catherine Keener), quer ajudar, mas não sabe muito bem o que fazer,
enquanto Will
só
pensa em matar o cara que estuprou a sua filha. Em meio a toda a
confusão, ainda aparece o FBI para caçar o pedófilo.
“Confiar”
levanta
a bandeira da importância da relação familiar e do convívio com
as crianças. A história procura trazer uma reflexão aos mais
velhos e também aos mais novos, que são os mais atingidos pelo
problema. A
história se apresenta de uma forma interessante e atual, sem deixar
também
de
ser informativa. Este não é um filme para entretenimento e, sim,
para a reflexão. Ao que se propõe é muito bom. Vale a pena, deixe
os preconceitos em casa.
(Spoiller
- Raiva do final, mas é exatamente assim que acontece na vida real)
Estrelas